sábado, 6 de abril de 2013

Educação e quimioterapia

Educação e quimioterapia. 

(Leia e assista os vídeos... vale a pena)

A Educação é assunto sério e historicamente, grandes mudanças ocorrem por meio de grandes comoções sociais. Mas o que a Educação brasileira precisa não se classifica nem como mudança, nem como reflexão... é transformação!!! E isso só se consegue quando a sociedade se mobiliza para reivindicar algo que está, há décadas, atrasando seu desenvolvimento.
Mas como a sociedade vai se mobilizar, se ela própria não se faz capaz? O que reivindicar? Como fazê-lo? Quais propostas e quais soluções? Sociedade sem oportunidades em educação é sociedade passiva e conformada!! E é aí que ela se faz vítima de si mesma. Por não ter sido "educada", permite-se apassivar frente ao egoísmo e interesse de poucos membros “intelectualizados” de seu próprio meio.Como câncer, vão destruindo as células sociais por meio do tumor da autopromoção e do autointeresse. E a sociedade, que tem alma coletiva, acaba sofrendo golpes em sua própria estrutura porque, por metástase estrutural, vão-se corroendo as bases do seu sentimento de coletividade e do direito pleno ao desenvolvimento educacional e intelectual. O resultado prático dessa chaga é a passividade, a desunião, o individualismo e a procura de uma forma de"contornar" problemas por meio da banalização da educação e da mera quantificação do acesso à escola. A palavra de ordem passa a não ser lutar contra esse câncer, mas se conformar com ele, pois a morte já é certa e anunciada... Triste destino para uma sociedade que sempre levou consigo o slogan de "país do futuro", "das oportunidades" e de"promessa". Promessa.... êta palavra cancerígena....
É dito e é popular a frase de que “uma andorinha não faz o verão”. Também verdade que “um só soldado não vence a batalha, nem a guerra”. Igualmente verdadeiro o pensamento de que “apenas um professor não faz a Educação”... E não faz mesmo, pois ela é essencialmente coletiva e necessita construir-se e autoreproduzir-se como elemento sólido de um povo, que é sujeito dessa construção. Um povo precisa educar-se,construir-se, desenvolver células sociais resistentes. Um povo precisa fazer-se povo e aí tornar-se auto imune, expulsando de seu sistema social, quimioterapicamente, a minoria cancerígena autointeressada e autodestrutiva.
Mas o problema da educação no Brasil, tal qual o câncer, deve ter um diagnóstico precoce para que possa haver tratamento e para que a doença, se já presente, não corra o risco de metastasiar-se. Caso contrário, quimioterapias não terão efeito e o óbito, então só temido, passa a ser questão de tempo... Será que já é tarde?...